Para Refletir!!!

domingo, 27 de novembro de 2011

Este é meu!!!


DIÁRIO DE UM CÃO



1ª Semana
- Hoje completei uma semana de vida. Que alegria ter chegado a este mundo!

1º Mês
- Minha mamãe cuida muito bem de mim. È uma mãe exemplar!

2 Meses
- Hoje me separaram de minha mamãe. Ela estava muito inquieta e, com seu olhar, disse-me adeus. Espero que a minha nova “família humana” cuide tão bem de mim como ela o fez.

4 Meses
- Cresci rápido; tudo me chama a atenção. Há várias crianças na casa e para mim são como “irmãozinhos”. Somos muito brincalhões, eles me puxam o rabo e eu os mordo de brincadeira.

5 Meses
- Hoje me deram uma bronca. Minha dona me bateu porque fiz “pipi” dentro de casa. Mas nunca haviam ensinado onde deveria fazê-lo. Além do que, durmo no hall de entrada. Não deu para agüentar.

8 Meses
- Sou um cão feliz! Tenho o calor de um lar; sinto-me tão seguro, tão protegido ... Acho que a minha família humana me ama e me consente muitas coisas. O pátio é todinho para mim e, as vezes, me excedo, cavando na terra como meus antepassados, os lobos
quando escondiam a comida. Nunca me educam. Deve ser correto tudo o que faço!

12 Meses
- Hoje completo um ano. Sou um cão adulto. Meus donos dizem que cresci mais do que eles esperavam. Que orgulho devem ter de mim !!

13 Meses
- Hoje me acorrentaram e fico quase sem poder movimentar-me até onde tem um raio de sol ou quando quero alguma sombra. Dizem que vão me observar e que sou ingrato. Não compreendo nada do que esta acontecendo.

15 Meses
- Já nada é igual... Moro na varanda. Sinto-me muito só.
Minha família já não me quer! Às vezes esquecem que tenho fome e sede.
Quando chove, não tenho teto que me abrigue.

16 Meses
- Hoje me desceram da varanda. Estou certo de que minha família me perdoou. Eu fiquei tão contente que pulava com gosto. Meu rabo parecia um ventilador. Além disso, vão levar-me a passear em sua companhia! ... Direcionamo-nos para a rodovia e, de repente, pararam o automóvel.
Abriram a porte e eu desci feliz, pensando que passaríamos nosso dia no campo.
Não compreendo porque fecharam a porta e se foram. “Ouçam, Esperem!”, lati... se esqueceram de mim... Corri atrás do carro com todas as minhas forças.
Minha angústia crescia ao perceber que quase perdia o fôlego e eles não paravam.
Haviam me esquecido.

17 Meses
- Procurei em vão achar o caminho de volta ao lar.
Estou e sinto-me perdido! No meu caminho existem pessoas de bom coração que me olham com tristeza e me dão algum alimento. Eu lhes agradeço com o meu olhar, desde o fundo de minha alma. Eu gostaria que me adotassem, seria legal como ninguém!
Mas somente dizem: “pobre cãozinho, deve ter-se perdido”

18 Meses
- Um dia destes, passei perto de uma escola e ví muitas crianças e jovens como meus “irmãozinhos”. Aproximei-me e um grupo deles, rindo, me jogou uma chuva de pedras para ver quem tinha a melhor pontaria. Uma dessas pedras feriu-me o olho e desde então, não enxergo com ele.

19 Meses
- Parece mentira!
Quando estava mais bonito, tinham compaixão de mim. Já estou muito fraco; meu aspecto mudou. Perdi o meu olho e as pessoas me mostram a vassoura quando pretendo deitar-me numa pequena sombra.

20 Meses
- Quase não posso mover-me! Hoje, ao tentar atravessar a rua por onde passam os carros, um me jogou! Eu estava no lugar seguro chamado “calçada”, mas nunca esquecerei o olhar de satisfação do condutor, que até se vangloriou por me atingir. Quisera que me tivesse matado! Mas só me deslocou as cadeiras! A dor é terrível!
Minhas patas traseiras não me obedecem e, com dificuldade, arrastei-me até a relva, na beira do caminho.
Faz dez dias que estou embaixo do sol, da chuva, do frio, sem comer.
Já não posso mexer-me! A dor é insuportável! Sinto-me muito mal; fiquei num lugar úmido e parece que até o meu pelo está caindo...
Algumas pessoas passam e nem me vêem; outras dizem: “não chegue perto”. Já estou quase inconsciente.
Mas alguma força estranha me faz abrir os olhos. A doçura de sua voz me fez reagir. “Pobre cãozinho, olha como te deixaram”, dizia...
Junto com ela estava um senhor de avental branco. Começou a tocar-me e disse: “Sinto muito senhora, mas este cão já não tem remédio. É melhor que pare de sofrer.”
A gentil dama, com as lágrimas rolando pelo rosto, concordou.
Como pude, mexi o rabo e olhei-a, agradecendo-lhe que me ajudasse a descansar.
Somente senti a picada da injeção e dormi pensando em porque tive que nascer se ninguém me queria.
Pensando ter encontrado meu descanso final, acordei em um novo lar ao lado daquela Dama solitária, e pude perceber que Deus me deu uma nova chance.
Hoje tenho o amor desta linda mulher que me trata como se fosse seu filho, mas a mágoa pela vida ficou.
Nem todos os meus “irmãos” têm esta chance de “Viver Novamente”.
Este é o mundo em que “vivemos”.

(autor desconhecido)